Sufoquei-me agora de instantes frios, não tão frios como os dias que por ali passam, mas desconfortantes e perturbadores. E não soube calar todas as vezes em que quis sorrir, parece que era só mesmo isso que me apetecia, soltar sorrisos por aqui, e mesmo que parecesse ironico – porque eu sei que eram, todos – eu não os fechei... eram como folhas de papel soltas à espera de uma caneta cheia de tinta. Parece que os instantes não eram lençois de amor onde eu passei as minhas noites colada, e a contar remorsos. Não os conheci, mas também não os desprezei. Eu sabia que eram meus. Mesmo não sabendo de onde vinham. E por ali, eu desatei o nó que tinha na garganta. As vontades loucas de ser uma alma morta, que uma alma viva. Esquecia-me que todas as chavenas de leite quente eram apenas uma droga que deu lugar a uma falsa esperanca de felicidade. Mesmo que pareca facil tomá-la, era ainda mais facil expulsa-la de dentro de mim. Assim que as lágrimas me corressem... Porque eu não me sentira ninguém, porque eu não procurei sair. Só procurei saber o nome daqueles instantes aflitivos, e dolorosos. Faziam parte de mim. E eu sabia que ali não era o meu lugar
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire